quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Dia 26 - Três Lagoas -> Brasília

Último dia de viagem.

Bem cansativo, mas a idéia de chegar em casa nos dá um ânimo a mais.

Tudo ocorreu na mais absoluta tranquilidade. Ainda bem. Na Anhaguera me despedi dos amigos de Igautama - MG que me acompanharam desde Cuzco (Peru). Chegaram bem em casa também.

Depois postarei as fotos que estou devendo e contarei um pouco mais sobre alguns detalhes da viagem. Ah, tem os vídeos também. Dessa vez serei mais sintético na edição, prometo. :-)

Abraço a todos que deixaram mensagens ou que simplesmente leram o blog! Até a próxima, que será, sem nenhuma dúvida, só no Brasil. Encontrei com americanos que conheciam mais o Brasil do que eu, que vergonha. Isso tem que mudar.

Já já eu volto para postar o resto!!! Fui!

Dia 25 - Corumbá -> Três Lagoas (MS)

Saímos de Corumbá sem voltar para a aduana boliviana e dar baixa nos papéis. Teremos problemas futuros para entrar na Bolívia? É provável. Ótimo, mais um motivo para não voltar.

A funcionária do hotel (Hotel Nacional, ótimo) nos disse que uma semana atrás dois brasileiros passaram pelo hotel, cada um em uma Hilux e com uma moto na caçamba. Foram para a Bolívia. 3 ou 4 dias depois voltaram só com a roupa do corpo. Esses pediram...

Antes de sairmos de Corumbá eu fui em um borracheiro consertar o furo do pneu de uma vez por todas. Agora ficou ótimo.

O dia não teve novidades... atravessamos o pantanal... estrada muito bonita... merece uma visita futura.

Paramos em Três Lagoa pois a chuva estava muito forte e já era noite. Estava bem perigoso. Ficamos em um hotel bem sem vergonha, quase um alojamento. Essa foi pra fechar com chave de ouro! hahahaha

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Dia 24 - Santa Cruz de La Sierra -> Corumbá (Brasil)

FINALMENTE CHEGAMOS AO BRASIL!  BOLÍVIA NUNCA MAIS!!!!

O dia deveria ter sido bem tranquilo.... mas não foi.

Uns 200 km depois de Santa Cruz de La Sierra a estrada acabou. Começou uma estrada de 37 km de terra. Tivemos muita dificuldade de passar. Cheguei a cair uma vez em uma lama bem escorregadia. Mas estava devagar, então sem problemas.

No meio do caminho começou a chuva. Tínhamos que sair de lá antes que ela piorasse, pois a terra ainda estava um pouco seca. Quem tentar passar por lá agora terá séeeeeeeeeeeeeeerias dificuldades.

Conseguimos fugir a tempo. Mas os problemas não tinham terminado. Não conseguimos abastecer a moto em San Jose de Chiquitos. O posto não estava autorizado a vender combustível. De novo ordens do governo. Uma pessoa chegou a oferecer gasolina do seu carro. Mas quando o dono do posto disse que só teria gasolina no dia seguinte ele desistiu.

Tentamos em outra cidade mais adiante. Nada. O exército estava no posto impedindo a venda. Cada um dizia uma coisa. Que em duas horas a venda estaria liberada, que só no dia seguinte. E assim a gente era enganado com mentiras atrás de mentiras.

O Júlio encontrou uma lanchonete onde o dono tinha gasolina para vender. Voltamos uns 10 km e abastecemos as motos.

Mas a gasolina não foi suficiente para chegarmos em Corumbá. No caminho tivemos que passar gasolina de uma moto para outra. Ah, antes disso enfrentamos a pior chuva que eu já vi. Dia difícil esse.

Chegamos em Corumbá quase 10 da noite. Acho que foi o pior dia que eu já enfrentei de todas as viagens de moto que já fiz.

PS: Nos disseram que os 37 km de estrada de terra só estarão pavimentados daqui uns 3 anos e meio. A obra está a cargo de uma construtora argentina, que está ganhando milhões junto com o governo do Evo. Os dois estão se dando bem com isso. O restante da estrada, impecável, foi feita pela Oderbrecht e já está 100% pronta.

PS2: Quando chegamos à fronteira não havia ninguém da Bolívia para carimbar o passaporte. Disseram para voltarmos no dia seguinte às 8 da manhã. Vão ficar esperando. Não quero saber de Bolívia nunca mais!!!

Dia 23 - Villa Tunari -> Santa Cruz de La Sierra

Saímos cedo para abastecer as motos. No único posto da cidade havia uma fila enorme para abastecer. Detalhe, no dia anterior o posto estava fechado, com os funcionários jogando baralho. E disseram que só teria gasolina no dia seguinte à partir das 8 da manhã.

Ficamos um tempo na fila até que o dono do posto mandou a gente passar na frente de todo mundo. O frentista usava uma camisa da seleção brasileira, demos sorte. hahahaha

Tivemos dificuldade de encontrar gasolina no caminho. O governo está restringindo a venda.

Chegamos em Santa Cruz de La Sierra e fomos para o hotel indicado pelo Nelson, hotel Suiça. Muito bom, bem localizado.

Gostei da cidade. Melhor que La Paz. E só tem carrão pelas ruas. Impressionante.

Fotos em breve.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Dia 22 - La Paz -> Villa Tunari (Bolìvia)

Hoje o dia foi extremamente cansativo. Saímos cedo de La Paz, mas o caminho até Santa Cruz de La Sierra nao é tâo simples como parecia ser. Pegamos a Ruta 7, cheia de curvas e com péssimo asfalto. Além de muitos caminhoes. Resultado, conseguimos chegar na Villa Tunari e amanha seguiremos para Santa Cruz.

Nao estou gostando nada nada da Bolívia. Estou pensando aqui e a única coisa boa que consigo lembrar daqui é o preço da gasolina, menos de 1 real por litro. Nao é a toa que o Evo Morales queria aumentar 80%.

Chego em Brasília na quinta-feira, se tudo der certo.

Hoje eu acho que nem teve fotos, mas eu só vou atualizar quando tiver acesso a internet no hotel. Estou em uma lan house à lenha.

Até breve!

Dia 21 - Puno (Peru) -> La Paz (Bolívia)

A noite toda estava ocorrendo a Festa da Candelari, na praça em frente ao hotel. Por sorte, depois que eu durmo nada consegue me acordar.

Logo pela manhã fomos pegar as motos no estacionamento e percebo que a minha estava com o pneu murcho. Enchi com a minha bomba portátil. Só no final da tarde vi que tinha um prego nele.

Enfim, saímos do Peru pela fronteira próxima a Yunguyo (Peru). Tudo muito tranquilo. E vazia. Logo em seguida almoçamos em Copacabana, Bolívia. Em seguida rumamos para La Paz, onde passaremos a noite. A vista da cidade de cima é sensacional, pena que já estava escurecendo.

Antes de chegar em La Paz tem uma cidade chamada El Alto. A confusão na estrada é impressionante, centenas de vans disputando espaço com pedestres e caminhões. Uma bagunça.

No hotel eu arrumei o furo do pneu e amanhã já estou pronto para pegar estrada. Não ficarei aqui em La Paz, a viagem agora já é de volta ao Brasil. Tentaremos chegar em Santa Cruz de La Sierra.

A partir de amanhã estaremos em 3, eu e os caras de Minas Gerais. Uma V-Strom 1000, uma V-Strom 650 e uma XT660.

Amanhã posto fotos.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Dia 20 - Cuzco -> Puno (Peru)

Ontem, na volta de Ollanta, eu percebi um barulho bem incoveniente vindo da roda traseira. Quando cheguei no hotel vi que a pinça do freio traseiro estava solta. Um parafuso sumiu. A trepidação das ruas por aqui fizeram com que ele se soltasse. É claro que isso aconteceu porque não estava bem apertado, e a última pessoa que mexeu nele foi o mecânico lá de Araraquara. FDP!!!! Com freio não se brinca FDP!!!



Eu tinha pensado que a pastilha de freio havia quebrado, mas hoje pela manhã percebi que só estava solta. Então fui atrás de um parafuso e arrumei o freio.

Como combinado, agora estou viajando com mais 4 motos, 1 Bandit 1200, 2 V-Strom 650 e 1 XT660. No caminho para Puno encontramos com um americano de Ohio que está indo para Ushuaia. Ele se juntou ao grupo e aqui estamos. Como saímos bem tarde de Cuzco, não deu pra fazer nada por aqui.

Pausa  para um lanche na estrada.


Aqui tem Tampico de galãozinho. Dá pra usar para colocar gasolina. hahahaha
(depois que eu bebi eu vi que a data de validade era agosto/2010... por enquanto sem efeitos colaterais)


Amanhã a idéia é entrar na Bolívia... veremos.

Dia 19 - Machu Picchu

Saí bem cedo do hotel, de moto, para pegar o trem para Machu Picchu. O trem não está saindo de Cuzco, então tive que ir até Ollantaytambo, que é uma cidade uns 80 km de Cuzco.
Foi um grande erro. Deveria ter comprado o pacote completo, que iria me pegar no hotel, já com o trem e ônibus para Machu Picchu pagos. No final das contas o que eu gastei foi quase o mesmo preço do pacote.
Chegando em Ollanta (apelido da cidade) peguei o trem e fui conversando com um argentino que está viajando com sua esposa, de moto. Também bati um papo com um Acreano que morou em Brasília. Essa é a parte boa de viajar sozinho, conversar com diferentes pessoas ao acaso.




Em Machu Picchu é preciso pegar um ônibus até as famosas ruínas. No ônibus vi que tinham alguns motociclistas do Brasil. Quando descemos do ônibus descobri que um deles é o Bruno, de Brasília, que quase deu certo de viajarmos juntos desde Brasília. O Patrick do fórum V-Strom Brasil também estava no grupo. Além de outros dois mineiros que estão seguindo viagem com o Bruno e Patrick..


Enfim... Machu Picchu é muito legal. Eu achava que era maior, mas tudo bem. hahahahahaha
A coisa toda é bem turística, com um exagero de vendas de souvenirs e gente tentando tirar dinheiro da gente. Mas no final eu diria que compensa.


Na volta teve até desfile de moda dos funcionários do trem, para mostrar roupas de alpaca. Mais vendas... vendas... vendas...













Estação de trem lá embaixo.

E o caminho do ônibus para chegar nas ruínas. Na ida estava chovendo e o motorista tinha cara de psicopata. Imagine o medo...



Depois peguei minha moto e voltei para o hotel em uma estrada completamente escura. Não vá de moto para Ollanta, é o meu conselho. Compre o pacotão nas agências, sai mais barato e é mais cômodo.



No final do dia combinamos de continuarmos juntos até o Brasil, eu e os motociclistas que estavam em Machu Picchu. Minha idéia era ir até o Acre e depois descer até Brasília. Mas, como não estarei mais sozinho, iremos pela Bolívia.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Dia 18 - Juliaca -> Cuzco (Peru)

Hoje estou sem internet no hotel. Estou em uma pousada decente mas simples. Indicaçao do Rodolfo (Blog).

Amanha pegarei o trem para Machu Picchu e volto bem tarde, entao só volto a postar quando tiver internet decente.

É isso. Por hoje é só. Depois eu volto aqui e edito tudo.

EDITADO:

De volta...
Saí de Juliaca e me mandei para Cuzco. Chegando lá eu percebi que a cidade é grande, achei que era menor.
Depois de um trânsito bem chato cheguei no hotel, Posada San Rafael, na rua Centenarios.
No centro histórico a cidade é bem bonita. Gostei bastante. Gente de vários países circulando pelas ruas. E que ruas. Tudo muito bonito mesmo. Igrejas para todos os lados. Infelizmente a maioria não permite fotos, pois são muito bonitas do lado de dentro. Com muito ouro e prata, por todo lado.

Acho que vale a pena ficar em Cuzco uns 4 ou 5 dias e conhecer a cidade e todas as ruínas que estão por perto (Machu Picchu é só uma delas).




Sim, eles também estão na principal praça da cidade...




 No filme "Diários de Motocicleta", um guia turístico diz para o Che Guevara sobre essa parede: "'Esse é o muro dos incas. Esse outro é o muro dos incapazes". Veja a diferença. Metade foi feita pelos incas e metade pelos espanhóis.


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Dia 17 - Tacna (Peru) -> Juliaca (Peru)

Ontem não falei, mas na hora de ir embora do local de observação do Dakar, uma van cheia de chileno deu ré em cima da moto. Meu capacete novinho saiu rolando (viu como é difícil eu ter um capacete zerado?), a moto caiu e o protetor de motor que estava rachado quebrou de vez (uma das soldas). Pra piorar, o bauleto arranhou e o peso da moto em cima dele fez com o suporte entortasse. E uma lâmpada do pisca dianteiro quebrou. Que beleza não?

Ninguém saiu do carro pra levantar a moto. Aí eu gritei pro povo e disse que o mínimo era levantarem a moto sozinhos. Tudo molecada, e já tinham tomado todas. Uns paraguaios e bolivianos que estavam conversando comigo também reforçaram o coro pros folgados saírem do carro. Aí pediram desculpas, ajudaram a levantar a moto... mandei irem embora porque a m... já tava feita. Vou fazer o que? Acionar o seguro? Pedir dinheiro pra arrumarem a moto? A dor de cabeça ia ser maior do que o estrago.

Eu já não gosto muito de chileno, porque são muito anti-sociais, agora piorou. Para se ter uma idéia, eu estava conversando com os bolivianos e paraguaios lá no ponto de observação e nenhum chileno trocava uma só palavra com a gente.

Mas enfim... hoje tive que procurar uma lâmpada. Achei uma parecida que serviu, vai quebrar um galho.

O hotel que fiquei em Tacna, Hotel Princess, é muito bacana e custou só 40 reais. Fica perto do mercado municipal, mas a rua é bem tranquila. Dica de um argentino que trabalha na recepção do hotel que fiquei em Antofagasta.... (que bagunça). Só podia ser argentino mesmo, porque se fosse chileno..........
Aproveitando que eu estou descendo a lenha nos chilenos, quando eu troquei o óleo da moto em Antofagasta o dono da oficina disse que o mecânico estava ocupado, que só poderia trocar no outro dia. Fui falar com o mecânico e ele disse que 5 minutos não fariam diferença. Trocou o óleo e não cobrou nada por isso. Resumindo, o dono é um babaca chileno, o mecânico um chileno gente boa!!! Ainda há esperança!!!

Voltando ao dia de hoje.

Resolvi ir em direção a Cuzco por Arequipa. Até Arequipa foi tranquilo, mas depois... frio, frio e mais frio. Dois graus em boa parte do percurso. Estava chovendo e eu já estava com capa de chuva, mas com pouca blusa por baixo. Fico pensando qual seria a sensação térmica de dois graus, chovendo, de moto a 100 km/h.
Tive que esperar um momento em que a chuva desse uma trégua para colocar a luva Polartec por baixo da luva e colocar a blusa por baixo da jaqueta. Porque se eu fizesse isso debaixo de chuva ia ser pior. Molhar o que está seco não pode, nunca.

Eram três dificuldades, grande parte da estrada não tem acostamento, não existe nenhum lugar com cobertura (posto, bar, o que seja) e a altitude de 4500 metros deixa tudo mais complicado. A cabeça estava estourando.

O frio era tanto que eu não tirei quase nenhuma foto, só filmei com a câmera do capacete. Um dia eu aprendo a ser que nem o Nelson. Se fosse ele já teríamos umas 853 fotos de hoje. hehehehehehe

Só consegui chegar até Juliaca. E que bagunça, achei que estava na Índia. Moto, carro, ônibus, tudo no mesmo lugar. E todo mundo buzinando. Fui em alguns hotéis indicados no gps mas não tinham garagem, a moto tinha que ficar no meio da bagunça. Então achei um hotel que um dia deve ter sido bem luxuoso... um dia... porque agora é meio decadente, Hotel Juliaca. Mas eu não podia arriscar pegar um hotel com aqueles chuveiros temperamentais... que ficam frio no meio do banho. 170 soles, caríssimo, dá uns 100 reais. Preço de Cuzco.

Ainda estou sentindo os efeitos da altitude, aqui são 3.897 metros. Mas já estou tomando o chá de coca... que se alguém me dizer que é erva cidreira eu acredito.

Amanhã eu faço umas fotos e transformo alguns frames da filmagem em foto. Hoje eu não quero fazer nada. Até pedi a janta aqui no quarto. E se Deus quiser amanhã chego em Cuzco, finalmente!!!!

Pessoal que tem comentado, valeu pela força! Estou aprendendo a ser menos ranzinza em minhas postagens, viu? hahahahahahahaha

Até amanhã!